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Ritmos Árabes

     A música árabe é rica em ritmos diferenciados. A marcação de cada ritmo é evidenciada pelo "DUM" do derbake (tabla), instrumento marcante da música árabe. Conhecer, identificar e manter o ritmo durante a dança é fundamental para que a bailarina execute sua performance de forma exata e harmoniosa, traduzindo em movimentos a marcação rítmica da música.

     Definição de ritmo: é um som musical, caracterizado por batidas acentuadas regularmente. Para ser ritmo, as batidas precisam ser repetidas, ou seja, quando temos um início de um ciclo e este tem um fim, se fecha. Todo ritmo inicia-se a contagem no acento mais forte.

     O som do derbake:

DUM: som grave.

TAK, KA ou TA: sons agudos.

     A música árabe "normalmente" ocorre em ciclos de 4 tempos. A grande maioria dos ritmos árabes se repetem por versão de 4 tempos.

     Frase Rítmica / Frase Musical: é a extensão das batidas (tempo) de um ritmo, quando executado uma única vez. Exemplo: Baladi (2 frases): Dum Dum Takata Dum Takata taka - Dum Dum Takata Dum Takata taka

Binários: tem duas batidas - uma forte e uma fraca

Terciário: três - uma forte e duas fracas

Quaternário: quatro - uma forte, uma fraca, uma menos forte e outra fraca

 Abaixo os Ritmos e o seu respectivo compasso musical.

2/4   - Ayubi - Fallahhi - Fox - Karachi - Maffuf ou Laff - Soudi ou Khaleege

3/4   - Vals

4/4   - Baladi - Bambi - Choubi - Hatcha - Jaballe - Jark - Maksoum - Rumba e Bolero - Saaid - Zaffe ou El Zafi

8/4   - Masmoud - Tschiftiteli - Whada Wo Noz

10/8 - Samaai Tkil

Ayubi

Ritmo da dança ritualística egípcia, dança do êxtase, dirigida para espantar maus espíritos, afastar energias negativas. É um ritmo 2/4 simples e rápido, usado para acelerar (ou "aquecer") uma performance. Ele se encaixa bem com outros ritmos e geralmente é utilizado para "acentuar" outro ritmo. Não é executado durante tempos muito longos, pois torna-se monótono. É bem parecido com o ritmo Soudi. Comum e claro é tocado no oriente desde a Turquia até o Egito. Lento para a dança tribal do norte da África, chamada "Zaar", que é realizada para afastar maus espíritos. São feitas oferendas de caças, carneiros, cabras, novilhos ou camelos jovens, num tipo de ritual. No Marrocos, numa versão mais acelerada, é presente no folclore e é tocado num compasso de 6 tempos. O som dele, dizem alguns, ilustra em forma de música o andar dos cavalos no deserto. Existe uma dança típica beduína que pode ser apreciada no Egito, onde um homem monta sem cela um cavalo árabe e comanda os movimentos do animal com seus pés. A música tem como base rítmica o Ayub e a melodia desenhada por mizmar (flauta). Tudo permeado de improviso. Quando tocado com dois Duns, chama-se "Bayou". Na dança, Ayub aparece em momentos de transição na música e você necessita usar de criatividade, pois ele por si só é linear e não provoca inspiração gratuita. Atualmente este ritmo é executado dentro de espetáculos de dança, mas sem o objetivo ritualístico.

DUM - KA - DUM – TAK

(2/4 TEMPOS)

Fallahi

Ritmo folclórico. Origem do interior caipira (fazendeiros egípcios de natureza simples Falahen). Pode ser usado em danças como: jarro, pandeiro... Ritmo constante e acelerado. Típico para folclore. Se traduzirmos para o português, significa "caipira". A palavra Fallahi representa algo criado por um Fallahin - camponeses egípcios, que utilizavam este ritmo 2/4 nas suas canções de celebração que estão particularmente conectadas às épocas da colheita. Geralmente é tocado duas vezes mais rápido que o Maksoum. No Egito os homens dançavam o "Saaid", um ritmo especial para eles e as mulheres tinham o "Fallahi". Esse ritmo vem do interior do Egito e antigamente, e até hoje, em algumas regiões as mulheres buscam água com um jarro sobre as cabeças e em grupo. Trabalhar, buscar água longe, trazer ou lavar roupas na beira do rio. E para passar o tempo, para se cansar menos, elas tinham canções e dançavam ao ritmo fallahi. É comum encontrarmos este ritmo na dança do jarro, na dança "Ghawazzi", que é a dança Cigana Egípcia e em todas as danças típicas do interior, danças caipiras do Egito. Ele é um ritmo onde podemos encaixar passos que tenham duas partes só, porque ele é constante e muito acelerado. É necessário que a bailarina desenvolva precisão e agilidade sem colocar força nos movimentos.

DUM TAKA DUM TAKA

(2/4 TEMPOS)

Fox

FOX Origem ocidental adaptada para o oriental. É um ritmo constante e acelerado. É essencialmente uma marcha, provavelmente criada por influências de músicas ocidentais. Acredita-se que este ritmo tenha sido inspirado na música moderna ocidental ( ligação com o tradicional ritmo ocidental Foxtrot ). Usada em composições modernas no Egito Não é um ritmo tradicional. É constante e acelerado. O deslocamento se mantém. Parecido com uma marcha, o Vox ou Foks foi bastante utilizado nas composições de Mohamed Abdel Wahad.

DUM-TAK

(2\4 TEMPOS)

Karachi

É usado no Egito e norte da África. É um ritmo bem acelerado, curto e constante. Ritmo 2/4, significa "rolar". É um ritmo rápido, amplamente utilizado no Egito e no norte da África, apesar de não ser um ritmo egípcio. É fácil perceber que ele não pertence à música egípcia, porque o início de seu compasso não é marcado por Dum (uma batida grave), mas por Tak (uma batida aguda). Este não é um ritmo comum. Bom para deslocamentos. Mais comum em entradas e saídas de palco. É curto e constante.

TAK TARAK DUM

(2/4 TEMPOS)

Soudi ou Khaleege

Aadany ou Soudi significa "aquilo que é da Arábia Saudita" ou "que vem do Golfo". Khaleege significa Golfo. E é um ritmo 2/4. Especial para dança Khaleege. Essa é uma dança tradicional originaria do Golfo Pérsico. Os movimentos desta dança são marcados nos contratempos, feitos pelo "Merwas" (pandeiro do Yemen). O Tabla ou Derbake, quando tocado sem esse acompanhamento resulta em algo empobrecido e até mesmo descaracterizando a intenção "para cima", que se sente ao ouvir os acentos fora do pulso do compasso. Em festas femininas e casamentos é comum que as mulheres coloquem o tradicional vestido khaleege (chamado de Tobe al Nashar) por cima de sua roupa de festa e dancem sempre. São festas fechadas e familiares. Os países do Golfo Pérsico onde este ritmo é mais conhecido são: Kuwait, Qatar, Omã, Bahrein, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. No oriente, é chamada dança dos desertos, já que os nômades são os bailarinos tradicionais. As mulheres vestidas com suas longas túnicas de corte geométrico e ricamente bordadas, dançam de forma bastante sensual movendo a cabeça, mexendo os cabelos e marcando o ritmo com os pés. Nos shows tradicionais fora de seu país de origem, às vezes a bailarina para homenagear alguém da plateia que provém de um destes países, insere uma pequena demonstração de khaleege em sua apresentação, o que faz a alegria dos turistas.

DUM-KA - DUM – TAKATA

(2/4 TEMPOS)

Vals

Surgiu da troca de culturas que existe na arte. Origem ocidental, mas foi recebido dentro da música árabe. Ritmo 3/4 utilizado na música oriental e também na música ocidental, conectado à própria valsa. Transmite uma influência, mas de certa forma interrompida por sua contagem de tempo em número ímpar. Encontrado especialmente nas músicas clássicas egípcias. O acento principal encontra-se no primeiro tempo do compasso.

DUM - TAKÁ – TAKA

(3/4 TEMPO)

Baladi

Compasso 4/4, é sem dúvida o mais conhecido e mais utilizado ritmo para a dança do ventre. Este é um ritmo inserido no grupo dos derivados do Maksoum. Maksoum simples é a base de muitos ritmos e especialmente importante na música egípcia. O Baladi é caracterizado pelos familiares dois dums que lideram a frase. A palavra Baladi significa meu povo, pode representar a terra natal e tudo o que tenha origem popular. Este ritmo é muito típico e o mais executado pelos músicos e cantores pop, principalmente no Egito, já que possui forte apelo comercial. Sempre seus acentos devem ser muito bem representados durante a dança. Alguns músicos afirmam que o verdadeiro nome do Baladi é Masmoudi Saghir (Masmoudi "pela metade").

DUM - DUM - TAKATA - DUM – TAKATA

DUM - DUM - TAKATA - DUM - TAKATA - TAKA (com emenda)

(4/4 TEMPOS)

Bambi

Ritmo 4/4, tem um sentido de "chamada" ou preparação para algo que está por vir, devido aos seus três Duns pausados iniciais. Trata-se de um ritmo de estrutura moderna que se assemelha com o Wahda. Sua característica primordial é a sequencia de 3 DUM's de sua frase.

DUM DUM DUM Táká káTá Táká ká

(4/4 TEMPOS)

Choubi

Ritmo do Iraque. Folclore Iraquiano.

Dum Dum Dum Tak Dum és Tak és

(4/4 TEMPOS)

Hatcha ou Raja

Sua origem vem da Síria e Líbano, através dos ciganos "Nawar”. É um ritmo mais lento e envolvente. É um ritmo mais lento e que não veio do Egito. É muito envolvente. Quando a bailarina encontrar esse ritmo na música que estive dançando, deverá expressar suavidade, delicadeza, emoção. Normalmente este ritmo é acompanhado por floreios executados pelo derbakista.

DUM TAKA DUM TAKA

DUM TAkaTA TAkeDUM TAkaTa (floreado)

Jaballe ou Catacofti

Ritmo das montanhas do Líbano. Aparece em músicas folclóricas como Dabke. Este ritmo tem uma pulsação forte acentuada no início da frase musical. Basicamente folclórico, os jabalees são pessoas muito simples, que moram nas montanhas do Líbano. A Dança de roda ou Roda de dabke é realizada muito nos países árabes, para comemorar um casamento, aniversário, nascimento ou algum acontecimento de muita alegria. No Brasil conhecido como jabalee é o mesmo ritmo chamado de catacofti por músicos libaneses utilizado para dançar o Dabke, bem como aparece como sobreposição no Saaid para dançar Raks Al Assaya.

DUM,DUM,DUM, TAK - DUM - TAKA – TAKA

DUM,DUM,DUM - TA - DUM

(4/4 TEMPOS)

Jark ou Jerk

 

O Jark ou Jerk, é um ritmo que apresenta uma estrutura bastante similar ao Samba brasileiro. DUM Tá DUMDUM Tá...... (variação simples)

DUM kákáTá tákáDUMDUMtákátá táká...

(4/4 Compasso)

Maksoum

Compasso 4/4, é um ritmo muito forte, no que se refere ao sentimento de animação. É considerado uma forma mais acelerada do ritmo baladi. Maksoum significa "cortado ao meio", alguma coisa que foi partida pela metade, isto se deve provavelmente ao seu acento forte no contratempo entre o tempo um e dois. Sua diferença em relação ao ritmo Baladi é que o Maksoum principia-se com um Dum enquanto o Baladi, com dois Duns. É amplamente utilizado na música moderna egípcia. Possui duas variações, uma rápida (mais comum) e uma lenta. O Baladi e o Maksoum são os ritmos básicos da música árabe.

DUM - TAK - TAKATA - DUM – TAKATA

DUM - TAK - TAKATA - DUM - TAKATA – TAKA

(4/4 TEMPOS)

Rumba e Bolero

 

Devido à grande semelhança que há entre esses dois ritmos, trataremos de ambos em um mesmo tópico. A Rumba é caracteristicamente executada de forma mais rápida que o Bolero, pois sua variação base apresenta exatos nove toques divididos em intervalos curtos, enquanto que a do Bolero, apresenta doze toques em intervalos mais longos, como podemos observar.

Rumba: Seu estilo nos remete à Espanha. É um ritmo 4/4 e pode fornecer uma impressão de que seja um compasso de 3/4. A Rumba, inicia-se pelo quarto tempo do compasso e isto é responsável por sua graciosidade.

Dum tákátá Ká Tá Ká Dum KA

Ritmo 4/4 TEMPOS) Compasso: 2/4

Bolero: É uma versão mais lenta da Rumba, utilizado em músicas como "Mirselu" e "Erev Sehl Schoshanim".

Dum kákáTá kákátákáTákáDum Ka Compasso: 4/4 Tak Dum Tak és

(6/8 TEMPOS)

Saaid

Traduzido diretamente para o português significa feliz. Ritmo base em danças folclóricas, como a dança da bengala, conhecida em árabe como Raks Al Assaya. É um ritmo árabe 4/4 bastante popular executado em ocasiões festivas. Muito popular no alto Egito, é o reverso do Baladi. Os dois Duns que iniciam o Baladi, aqui são encontrados no centro do compasso. Usualmente tocado de forma acelerada, possui acentos fortes, com sobreposições de graves por todo o compasso (catacofti). Originários de El Saaid, no Alto Egito, o ritmo saaid e Raks Al Assaya ou Dança da Bengala é dançada por mulheres e é uma versão suave e muito mais delicada que a dos homens. Tradicionalmente usado para "Tahtib", uma dança marcial masculina, na qual os homens simulam lutar com longos bastões. Seus movimentos são fortes, ágeis, marcados por saltos, giros e batidas de bastões.

DUM, DUM -TAK-DUM, DUM – TAKATA

(4/4 TEMPOS)

Zaffe ou Ell Zafi

Ritmo 4/4 egípcio é o ritmo da marcha nupcial oriental específico para casamento. Em especial, é a despedida da noiva da casa dos pais e a entrada dela numa vida nova. É tocado não só pelo derbake, mas também pelo daff e principalmente pelo mazhar. Normalmente é feita uma procissão, muito típica no Cairo quando a noiva se despede da casa dos pais, na noite do casamento (apenas nesta noite, não no noivado, não no pedido, não em outra ocasião), ela vai passar pela casa da mãe e os amigos vão juntos. Existe uma música que se chama "Do'u El Mazhar", a tradução seria "Que toquem os Mazhars", porque diversas pessoas vão a pé, caminhando junto com a noiva e passam pela casa dela porque ela vai entrar numa vida nova. Este ritual significa que ela possa deixar para trás na noite do casamento qualquer sentimento que possa incomodar e os maus-olhados; é como se fosse um ritual de boa-sorte. Essa procissão, essa passagem têm que ser feita a pé. Vale a pena dar uma olhada no vídeo da Fifi Abdo, onde há uma representação do Zaffe.

DUM - TAKTAK- TAK - DUM - TAKÁ -S

(4/4 TEMPOS)

Masmoud

Pode aparecer com dois ou três DUNS no início da frase musical. Ritmo 8/4, teve sua origem na Andaluzia. Significa "algo que está suportado por um pilar, como uma estátua ou algo semelhante". É muito usado em músicas clássicas, para trazer à tona diferentes nuances. O Masmoudi é muito similar ao Baladi, só que realizado diminuindo o andamento do compasso, transformando o tempo de quatro para oito. Possui duas partes, cada uma com 4 tempos. As vezes a primeira frase tem duas batidas condutoras. Esta versão com dois Duns iniciais chama-se Masmoudi Kbir (Kbir = grande) é também chamado "Masmoudi Guerreando", devido à sua cadência agressiva, supõe-se que ela soa como um homem e uma mulher discutindo. Ele se distingue do Masmoudi Saghir, que é outra versão com três duns. É usualmente chamada "Masmoudi Caminhando". Esta é muito comum na música para dança e é usada para intensificar a percussão criando um momento especial na apresentação, enriquecendo a mesma.

Masmoudi Saghir (pequeno)

DUM, DUM, DUM, Takata - DUM - Takata - Takata - Takata – Tak

(8/4 TEMPOS)

 Masmoudi Kbir (grande)

DUM, DUM, Takata - DUM - Takata - Takata - Takata – Tak

(8/4 TEMPOS)

Masmoudi por Ali Hamze

Dum Dum és Tak Dum és Tak és Tak

(8/4 TEMPOS)

Tschiftiteli 

Seu nome significa "2 cordas" forma como era tocado este ritmo num instrumento chamado "baglama". Apesar de ser um ritmo tradicionalmente grego e turco, encontra-se presente em vários países do Oriente Médio. Usado para marcações e ondulações, aparece em taksim com outros instrumentos solando. Ritmo 8/4, que é executado lentamente, comparando-o ao Baladi, por exemplo e em essência, também como outros é similar ao Maksoum. Originou-se provavelmente na Grécia ou na Turquia. Além de ser utilizado na Raks El Sharky, também é comum na Turquia e nos países árabes como dança de casais. Alguns consideram como o Whad Wo Noz, usualmente é tocado de forma lenta e moderada preferencialmente mantendo espaços entre as batidas. Os derbakistas apreciam completá-lo com improvisações inesperadas e criativas, como para acompanhar o Taqsim, improvisação melódica de um instrumento solo. Egípcios utilizam uma versão mais simples do Tschiftiteli e a denominam Wahda Khabir.

DUM - TAKA, TAKA - DUM -TAKATA – TAK

(8/4 TEMPOS)

Wahad Wo Noz

Significa em português 1 e 1/2 (um e meio). O ritmo recebe este nome por possuir um acento e meio no começo da frase. Entre suas marcações, entre as batidas, há espaço para preenchimento. No meio e ao final, que é utilizado pelo músico de forma criativa e inusitada. Compasso 8/4, a metade dele é muito usada nas músicas clássicas também, sendo denominado de "Wahad". Wahad serve para quebrar uma evolução, dando uma sensação de queda de andamento. O Wahad, como é a metade do Wahad Wo Noz, contém 4 tempos por compasso. Whada significa "um" e corresponde ao primeiro Dum do compasso. Tem sua origem na Líbia. Ele lembra o caminhar de um camelo no deserto. Popularizado como o ritmo para a dança da serpente, onde a bailarina deve mover seu corpo como se fosse uma cobra. Os braços são a prioridade de movimento neste ritmo lento e cadenciado, de origem antiga. Wahad Wo Noz é usado não só em músicas clássicas, como também em taqsims (improvisações melódicas). Aparece com frequência no início de um solo de derbake proporcionando um começo lento e envolvente para o que vem a seguir. É comum em peças clássicas, o wahad preceder um solo lento de algum instrumento. Os acentos fortes estão nos tempos um, cinco, seis e sete do compasso, sendo que o tempo três é uma pausa. Deve-se evitar seguir somente os acentos do ritmo para não apagar o solo do instrumento melódico. Ele sim que deve ser seguido e evidenciado. O ritmo turco e grego Tschifftitilli, corresponde ao Wahad Wo Noz egípcio, mas possui uma variação.

DUM - TAKATA - TAKA TA - TAKATA - TAK - DUM - DUM - TAK

***Dum és Tak és Tak Dum Dum Tak és

(8/4 TEMPOS)

Samaai Tkil

Ritmo que aparece nas músicas para ouvir e apreciar, não somente dançar. Suavidade e delicadeza são características deste ritmo, originário da Andaluzia (sul da Espanha). É um ritmo muito complexo. Vem da estrutura antiga de música árabe. A palavra "Samaai" significa "escutar". É uma música montada em cima de uma métrica poética específica, com um ritmo específico e feita para o deleite. Uma música para ser apreciada e não necessariamente dançada. Ritmo amplamente utilizado na música clássica egípcia e na música sufi turca. Possui uma sequência de três partes: uma com 3 tempos, uma com 4 tempos e uma com 3 tempos. Juntas, compõem um ritmo 10/8 utilizado nas composições chamadas Samaaiat. Pode aparecer dentro de uma música para dança, mas ela não é tão comum assim. Se essa música for feita para ser apreciada, ela exige de certa forma, todo um respeito e uma contemplação. Se esse ritmo aparecer numa música para dança é esperado da bailarina que ela possa reproduzir no próprio corpo a suavidade e a delicadeza que este ritmo imprime. E de certa forma, só mesmo acostumando nossos ouvidos escutando as peças mais antigas, poderíamos estar sintonizando melhor este significado. É o ritmo típico do "Moash'ras" ou Andalucia, que é a música que nasceu no sul da Espanha, na época em que os árabes migraram para lá e ficaram por um tempo. Uma música rica, delicada e encantadora.

DUM - TAK TAK TAK- És - DUM-DUM-TÁK - TAK ÉS

(10/8 TEMPOS)

Tkil

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